Bolívia destina recursos para combater zika, dengue e chikungunya

La Paz, 15 mar (Prensa Latina) O Ministério de Saúde da Bolívia destinou sete milhões de bolivianos (mais de um milhão de dólares) em uma primeira etapa para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika, da dengue e da chikungunya.

"Estamos realizando campanhas de limpeza e fumigação nas zonas endêmicas, ao mesmo tempo em que trabalhamos na capacitação e atualização dos profissionais de saúde", disse a ministra do setor, Ariana Campero.

Até agora foram confirmados no país 14 casos de zika, 5.278 de chikungunya e 2.697 de dengue.

Uma missão de especialistas da Organização Panamericana de Saúde (OPS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) realiza uma visita à Bolívia para fortalecer os esforços de resposta do país contra o vírus do zika.

Os especialistas em epidemiologia, laboratório, neurologia e controle vetorial percorrerão durante cinco dias centros médicos e trabalharão com os médicos na revisão dos protocolos de atenção.

Esta semana será importantíssima para fortalecer os conhecimentos, fazer uma série de revistas e poder compartilhar informação com estes especialistas, disse a ministra de Saúde, quem recebeu a delegação da OPS/OMS.

A OMS declarou o zika como uma emergência de saúde, presente em 29 países da América, depois do vírus ter sido associado a casos de microcefalia em bebês de mães infectadas e a alguns casos de síndrome de Guillain-Barré.

Até agora o Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika e da chikungunya, tinha sido reportado principalmente nos estados dos planos e na Amazônia, entre os 400 e os mil metros acima do nível do mar.

No entanto, nos últimos tempos, o mosquito se está adaptando até os 2.600 metros e se encontraram vetores no departamento de Cochabamba e nos vales subandinos.